terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Juro do cheque especial é o maior em mais de cinco anos

A taxa média de juros cobrada pelas instituições financeiras nas operações com cheque especial para pessoas físicas atingiu o valor de 174,8% ao ano em novembro, o maior valor desde junho de 2003 - quando somou 176,9% ao ano, informou nesta terça-feira (23) o Banco Central.
No ano, os juros do cheque especial já avançaram impressionantes 36,7 pontos percentuais, visto que estavam em 138,1% ao ano no fim de 2007.

Juros bancários
Ao mesmo tempo, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em todas as suas operações, quer seja com empresas ou pessoas físicas, atingiu 44,1% ao ano no mês passado, contra 42,9% ao ano em outubro.
No ano, o aumento foi de 10,3 pontos percentuais. A taxa média de juros dos bancos de novembro, segundo o BC, é a mais elevada desde abril de 2006, quando totalizou 45,4% ao ano.
No caso da taxa de juros das instituições financeiras em suas operações com pessoas físicas, informou a instituição, esta subiu para 58,7% ao ano em novembro, a mais elevada desde março de 2006.
Para pessoas jurídicas, os juros médios cobrados em novembro totalizaram 31,2% ao ano, o que representa queda de 0,4 ponto percentual frente ao mês de setembro - quando somou 31,6% ao ano.
Razões para o aumento
São várias as razões para o aumento dos juros bancários neste ano. No início de 2008, o governo autorizou um aumento da alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), o que encareceu as taxas. Entre abril e outubro deste ano, elevou os juros básicos da economia de 11,25% para 13,75% ao ano - o que também impactou os juros bancários. E, mais recentemente, a crise financeira internacional também deu sua contribuição.
"O crédito está mais caro, principalmente para as famílias, refletindo esse momento de aversão ao risco. A crise financeira internacional contribuiu para a elevação das taxas de juros. Toda essa turbulência levou a algum aumento", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Debaixo de chuva, Madonna se apresenta para 70 mil pessoas no Rio

A espera chegou ao fim. Depois de 15 anos de sua última apresentação no Brasil, a cantora norte-americana Madonna deu início à turnê ”Sticky & sweet”, na noite deste domingo (14), no país. Mesmo debaixo de chuva, a rainha do pop cantou para 70 mil pessoas, segundo organizadores, no Maracanã, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Para muitos fãs que ficaram meses à espera do show desta noite, a recompensa veio em forma de música, show de luzes e muita dança, coisa que Madonna mostrou que sabe fazer bem, mesmo com 50 anos de idade. A chuva que caiu sobre a cidade se estendeu durante as duas horas de espetáculo. O público não desanimou.
“Essa chuva só veio abençoar essa noite maravilhosa. A Madonna é linda, incrível e uma grande cantora. Tenho certeza que isso não vai tirar o brilho desta noite. Esperamos muito por esse dia, não será uma chuvinha que vai acabar com o show”, declarou o fã Marcello da Costa, de 34 anos.
Se a produção impressionou com a mega estrutura montada para o show no Brasil, os fãs, por sua vez, não fizeram feio e investiram no look e nas homenagens. Cartazes, camisetas personalizadas e faixas fizeram parte do “kit de sobrevivência” que os seguidores da loura montaram para o show no Maracanã.
Madonna toca em show no Rio de Janeiro. (Foto: Antonio Scorza / AFP)
“Viemos preparadas para tudo. Trouxemos binóculo, banquinhos, biscoito, água e capas de chuva. Eu sou fã desde pequena e sempre segui os passos da Madonna. Minhas filhas aprenderam a gostar dela comigo”, disse a empresária Cláudia Coelho, de 38 anos, que levou as três filhas adolescentes ao show. Após a performance do DJ Paul Oakenfold, Madonna subiu ao palco do Maracanã com meia hora de atraso. Ao som de “Candy shop”, seguida de “Beat goes on”, ambas do seu mais recente álbum, a loura abriu a noite vestida com um colant preto, valorizando as suas pernas torneadas. Os telões espalhados pelo fundo do palco e em cima do palco central potencializaram o espetáculo com videoclipes, homenagens e convidados especiais. A primeira delas aconteceu em “Human nature”, com a participação de Britney Spears. Em seguida, Madonna embala o público com “Vogue”, faixa presente na trilha do filme “Dick Tracy”, dos anos 90.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Inter conquista a Sul-Americana, último título que faltava




As taças da Libertadores, do Mundial e da Recopa que dêem um jeito de arranjar espaço para uma nova vizinha no Beira-Rio, porque o Inter é o primeiro brasileiro a conquistar a Copa Sul-Americana. Em um jogo mais complicado do que previam os colorados, a equipe de Tite empatou por 1 a 1 com o Estudiantes no Gigante e pôde levantar o caneco graças ao resultado do primeiro duelo, a vitória por 1 a 0 em La Plata. Nilmar, aos oito minutos do segundo tempo da prorrogação, marcou o gol do título. A conquista fecha o ciclo de conquistas gringas iniciado em 2006. O Inter é o único clube do Brasil que pode se orgulhar de ter todos os canecos estrangeiros atualmente em disputa à disposição. Em todo o continente, é uma façanha alcançada também pelo Boca Juniors. E ninguém mais. Erros do time e polêmica com o árbitro O Inter não foi bem no primeiro tempo. Foi um tal de toquezinho de letra para um lado, passe de calcanhar para outro. De efetivo, quase nada. Faltou jogar simples. O resultado foi uma equipe que até teve o controle de bola em boa parte do primeiro período, mas não conseguiu ameaçar o Estudiantes como gostaria. Aos poucos, os argentinos começaram a gostar do que acontecia em campo. O Inter, prejudicado pela ausência de Guiñazu, chegou a ser ameaçado. É bem verdade que o 0 a 0 servia aos gaúchos, mas ficou no ar um sentimento de preocupação. A torcida, geralmente inflamada, por vezes silenciou, apreensiva. Alex, muito bem marcado, não conseguiu produzir no ritmo habitual. Todas as jogadas passaram por D’Alessandro, que raras vezes perdeu as disputas com os compatriotas. Só faltou ser mais conclusivo. A primeira chance do jogo foi de “El Cabezón”, logo com quatro minutos. O argentino chutou por cima do gol de Andújar. Aos 22, a arbitragem poderia ter marcado pênalti para o Inter. Em bela jogada de Bolívar pela direita, Alayes, com o braço aberto, cortou a bola dentro da área. Jorge Larrionda, porém, interpretou o lance como normal e assinalou apenas o escanteio, frustrando os colorados, que pediam o pênalti. Mas o Estudiantes tem mais a reclamar. Boselli, com 32 minutos, apareceu livre e em posição legal para marcar de cabeça. A arbitragem anulou. Jorge Larrionda desta vez atendeu a marcação do auxiliar, que assinalou impedimento de um jogador que não participara efetivamente do lance. Mesmo um pouco carente no setor ofensivo, o Inter teve a melhor chance da etapa inicial. Foi nos minutos finais do período, quando o time conseguiu controlar melhor o Estudiantes. Alex avançou pelo meio e rolou para Nilmar, que acionou D’Alessandro. A bola foi recuada para Andrezinho, de boa atuação. Ele mirou o canto e bateu colocado. A bola desviou na zaga e quase enganou o goleiro argentino, que se viu obrigado a praticar uma defesa impressionante.Estudiantes pressionaO Inter voltou para o segundo tempo empurrado pela torcida colorada, que decidiu de vez empurrar o time. No primeiro ataque, aos 14 segundos, triangulação de Nilmar, Alex e Andrezinho, que chegou bem pela esquerda, mas chutou à direita de Andújar. O Estudiantes, por sua vez, parecia nervoso em campo. Foram dois cartões amarelos antes dos oito minutos. Mas aos poucos, o time argentino foi se acalmando. E insistia em levantar bolas na área em cobranças de falta. Em uma delas, aos 20, Benítez bateu da esquerda, a defesa ficou parada, e Alayes, na segunda trave, bateu forte para fazer 1 a 0. O gol ratificou a confiança que o time argentino mostrava na partida. Com 25 minutos, Veron tocou para Perez na área. Após desarme da defesa colorada, a bola sobrou para Calderón girar e chutar. A finalização foi desviada novamente pelos jogadores do Inter, e o Estudiantes ficou apenas com o escanteio. Sem ver o seu camisa 10 repetindo as boas atuações das partidas passadas, Tite decidiu tirar Alex de campo. Taison ganhou oportunidade. O panorama, entretanto, não mudou. O Estudiantes continuou mais perigoso, principalmente com as investidas de Angeleri pela direita. Aos 44, o lateral-direito argentino deu mais um susto na torcida do Inter. Matou no peito dentro da área e soltou a bomba de pé esquerdo. Lauro só ficou olhando a bola passar à sua direita. No minuto seguinte, boa chance para o Inter. Nilmar foi lançado em boas condições, mas foi derrubado por Alayes pouco antes de entrar na área. A torcida pediu pênalti, os jogadores do Inter também. Agenor, goleiro reserva, foi expulso por reclamação. Foi o último ato do tempo regulamentar. Nilmar marca o gol do título Se Alex foi sacado por Tite, a mesma situação aconteceu do outro lado. Verón, destaque do Estudiantes, teve que deixar o jogo após sentir uma contusão. Foi no comecinho da prorrogação. O Inter já dava sinais de melhora e quase marcou aos 12 minutos. Depois de um bate-rebate incrível, que teve mais de 11 toques entre chutões sem direção e tentativas de recuperar a bola, Bolívar bateu cruzado , obrigando Andújar a espalmar para o lado. O Inter continuou no campo de ataque no segundo tempo da prorrogação. Aos seis minutos, D'Alessandro fintou o marcador e cruzou na segunda trave. Com Andújar já batido, Angeleri colocou para escanteio. A insistência colorada foi recompensada dois minutos depois. Danny Morais cabeceou para grande defesa de Andújar. A bola bateu no travessão e voltou para Gustavo Nery. O lateral bateu cruzado, Nilmar se embolou com a zaga na pequena área para empurrar para a rede. Gol do Inter, gol do título!