terça-feira, 19 de maio de 2009

Perdigão e Sadia anunciam 'grande multinacional' do setor de alimentos

O presidente da Perdigão, Nildemar Secches, e o presidente do Conselho de Administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, anunciaram oficialmente em entrevista nesta terça-feira (19), em São Paulo, a criação da Brasil Foods (BRF), resultante da fusão das duas empresas.
A nova empresa foi apresentada por Secches como "a grande multinacional brasileira de alimentos brasileiros processados". A Brasil Foods, entretanto, terá apenas a função institucional, sem a função de substituir qualquer das marcas do grupo.
No esquema desenhado para a fusão, a Brasil Foods será a sucessora da Perdigão. Os acionistas das duas empresas se tornarão acionistas da BRF e a Sadia se tornará, em um primeiro momento, subsidiária da nova empresa. Durante esse período, Sadia e BRF terão conselhos compostos pelos mesmos membros.
Para apresentar a nova empresa ao público, e assegurar que os produtos que ele conhece continuarão no mercado, a Brasil Foods colocará no ar a partir desta quarta-feira (20) uma campanha publicitária estrelada pela atriz Marieta Severo (do seriado "A Grande Família", da TV Globo).
Já a atual estrela da campanha da Sadia - personagem que zomba das demais marcas - deve perder espaço: "O Juvenal vai embora ou vai mudar de foco", disse o executivo da Sadia. "O tempo da alfinetada acabou, agora é só amor", brincou Nildemar Secches.
"A BRF vai dar a face para os segmentos institucionais. As marcas têm sua vida, sua comunicação própria. Vamos continuar com Perdigão, Sadia, Qualy, Doriana, Batavo", ressaltou o executivo da Perdigão. "No mercado interno, as marcas hoje e sempre vão continuar. São marcas com um grande conhecimento." "Do ponto de vista comercial, os consumidores não vão sentir nada no dia seguinte, todas as marcas estarão lá", acrescentou Furlan.
No mercado externo, Secches afirma que será feito um estudo para definir qual segmento será explorado por cada uma das denominações.
De acordo com dados divulgados durante a entrevista, Sadia e Perdigão operam comercialmente em 110 países. "Quase metade do nosso faturamento vem do exterior", afirmou Secches. A nova empresa já nasce líder em alimentos processados no país, com cerca de 120 mil funcionários.
Divisão
O executivo informou que 68% do capital pertencerá a acionistas da Perdigão e 32% a acionistas da Sadia. "Como a maioria das multinacionais o controle de capital é difuso. Vale dizer que as decisões não serão tomadas por um único acionista, mas por um conjunto de acionistas", afirmou Secches.
Apesar da maioria do capital ficar nas mãos dos acionistas da Perdigão, os dois executivos negaram se tratar de uma venda. "Não houve venda. Os acionistas de um lado e de outro continuam acionistas, compartilhando responsabilidades", disse Furlan.
Segundo ele, a administração da nova empresa "será regida por um sistema de mérito, por profissionais". A presidência do conselho da nova empresa será dividida entre Secches e Luiz Fernando Furlan pelos próximos dois anos.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Conmebol oficializa passagens de São Paulo e Nacional às quartas de final

As equipes de São Paulo e Nacional (URU), que deveriam enfrentar Chivas e San Luis, respectivamente, estão automaticamente classificadas às quartas de final da Taça Libertadores . A decisão foi anunciada pela Conmebol aos clubes através de ofício, na noite desta segunda-feira. O documento foi registrado no site oficial do Tricolor.
A decisão da entidade foi tomada após esta receber um comunicado da Federação Mexicana de Futebol, informando a retirada dos clubes mexicanos da competição, por não concordar com a determinação de jogo único para cada confronto, em São Paulo e Montevidéu.
Os jogos que seriam realizados no México foram inicialmente adiados por causa da epidemia da nova gripe que assola o país. Posteriormente, os duelos em solo mexicano foram cancelados e a Conmebol determinou a realização de um jogo só para decidir cada classificação, no dia 20 de maio. Chivas e San Luis não aceitaram a medida e se retiraram da Libertadores.
O São Paulo espera a decisão entre Cruzeiro e Universidad do Chile para saber quem enfrentará nas quartas.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Em casa, Ortigoza põe Palmeiras na frente do Sport nas oitavas da Taça Libertadores

No primeiro duelo pelas oitavas-de-final da Taça Libertadores, o Palmeiras contou com o fator campo e a força da sua torcida, que encheu o Palestra Itália, para derrotar o Sport e sair em vantagem para o jogo de volta, na próxima terça-feira, às 20h15m, na Ilha do Retiro. Mas apesar da pressão imposta desde o primeiro minuto, o Verdão desperdiçou várias oportunidades e venceu por apenas 1 a 0, gol de Ortigoza.

O resultado deixa a equipe paulista precisando de um empate para avançar às quartas-de-final da principal competição sul-americana, mas a vaga pode ser conquistada até mesmo com derrota por um gol de diferença, desde que o Alviverde balance as redes no Recife. Já o time pernambucano precisa vencer por pelo menos dois gols de diferença para conseguir a classificação. Placar de 1 a 0 para o Rubro-Negro levará a decisão para os pênaltis.Apesar do placar magro, com o Palmeiras jogando melhor e com um a mais em campo desde os 29 minutos do segundo tempo (Hamilton foi expulso), os torcedores alviverdes não pararam de apoiar o time, e o incentivo começou antes mesmo de a partida começar, como pediu o técnico Vanderlei Luxemburgo, gerando um clima parecido com o que a torcida do Sport cria na Ilha do Retiro.

Jogo quente, chances perdidas e bola na trave Com um esquema diferente das últimas partidas, o Palmeiras começou sufocando o adversário. Usando uma armação mais ofensiva, com Willians, Marquinhos e Keirrison, o time assustou os pernambucanos logo aos cinco minutos, quando Diego Souza cruzou e Keirrison acertou o travessão de Magrão. A equipe comandada por Nelsinho Baptista demorou a se encaixar no jogo. Com Paulo Baier bem marcado por Pierre, que se recuperou de uma lesão no tornozelo esquerdo e atuou desde o início, o Sport passou a explorar principalmente o lado esquerdo, onde Dutra encontrava liberdade nas costas de Wendel, e buscou também aproveitar a velocidade de Wilson. Enquanto o Rubro-negro tentava encontrar brechas, o ataque palmeirense esbarrava na forte zaga formada por Igor, Durval e César. Aos 24 minutos, no entanto, novo susto para o Sport. Keirrison deu belo drible de corpo em César e concluiu a gol, mas a bola passou rente à trave.
Logo em seguida, Wilson arrancou da intermediária e arriscou contra a meta de Marcos, que precisou se esticar todo para evitar o gol. E para o Sport foi só. O ritmo do jogo era frenético, e a torcida do Palmeiras não parava de fazer barulho nas arquibancadas do Palestra Itália. Munidos de apitos, os alviverdes fizeram a sua parte e tentaram atrapalhar os jogadores adversários quando estes iam ao ataque. E apesar da presença no campo de ataque, o time paulista não conseguiu superar a zaga adversária, que fez com que a primeira etapa terminasse sem gols.

'Coalhada' deixa o banco para decidir... E teve mais bola na trave

Como na primeira etapa, o Palmeiras começou pressionando e quase abriu o placar no início. Aos sete minutos, depois de boa jogada de Keirrison, Marquinhos chutou cruzado, mas César salvou quase em cima da linha. Oito minutos depois foi a vez de Cleiton Xavier cobrar falta perigosa, mas nenhum companheiro conseguiu completar o lance na pequena área. Apesar de ter mais posse de bola, o gol palmeirense teimava em não sair. Enquanto isso, o Sport aproveitava para fazer o tempo passar quando tinha o domínio da situação. Em duas oportunidades, ambas em cobranças de faltas de Paulo Baier, os visitantes tiveram chances de sair na frente, mas não chegaram a assustar o goleiro Marcos. Para mexer com o time, Luxemburgo sacou Willians e Marquinhos para as entradas de Mozart e Ortigoza, respectivamente. Assistindo ao ímpeto ofensivo do Palmeiras, o técnico do Sport, Nelsinho Baptista, aproveitou para adiantar a sua equipe: Vandinho deu lugar a Ciro. Mas o que pareceria ponto positivo para o time pernambucano, aproveitar o desespero alviverde, virou aposta certa dos paulistas. Em jogada individual, Ortigoza sofreu falta pelo lado direito do ataque. No lance, Hamilton foi expulso. Cleiton Xavier cobrou, e o atacante paraguaio deu um leve toque de cabeça para fazer 1 a 0 e incendiar os torcedores palmeirenses, aos 31 minutos do segundo tempo.

Diego Souza ainda poderia ter ampliado aos 45 minutos, ao cabecear de maneira consciente no canto esquerdo de Magrão. Mas a bola caprichosamente bateu na trave, com Keirrison chegando atrasado na tentativa de completar. Sorte dos pernambucanos, que não tiveram de voltar para Recife com uma missão mais difícil: vencer por um mínimo de três gols de diferença.