São 33 cm a mais, mas de dentro do carro a gente nem percebe. Se você não olhar pelo retrovisor interno e reparar o vidro traseiro diferente, é difícil saber se estamos no Voyage ou no Gol. Que tal sair e ver a lateral e a traseira? Agora sim encontramos os tais 33 cm. Enquanto o hatch aposta num estilo mais esportivo, o sedã escolheu a sobriedade. A traseira, aliás, não parece de VW. “Essas lanternas lembram as do Vectra”, comparou um colega. Exceto pelo enxerto no final da tampa traseira (que tenta imitar um aerofólio nesta versão Comfortline), o resultado agrada. O Voyage não vai arrebatar corações, mas também não fará ninguém olhar feio para ele. Nas ruas, chama atenção.
A tampa do porta-malas tem abertura elétrica por um botão no painel. Ao abrirmos, detectamos três coisas. Duas são positivas: a tampa sobe sozinha e o espaço é bom. São 470 litros, de acordo com as nossas medições, 10 litros a menos do que indica a VW. A coisa negativa: os braços de sustentação da tampa são grandes e, apesar de a marca dizer que eles ficam bem nas extremidades para não atrapalhar, eles interferem sim no espaço da bagagem. O Fiesta Sedan, lançado em 2004, tem braços pantográficos. Era o mínimo que se esperava do Voyage, quatro anos depois. Ainda no porta-malas, a prova cabal de que esse carro é um Gol esticado. O estepe fica longe, lá no fundo —fizeram apenas um complemento de chapa na traseira do hatch para criar o sedã.
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