quarta-feira, 17 de junho de 2009

Cornetas são motivos de preocupação e irritação nos jogos na África do Sul

A vuvuzela, corneta que faz a trilha sonora dos estádios na Copa das Confederações, foi o principal assunto da entrevista coletiva da FIFA antes do jogo entre África do Sul e Nova Zelândia, nesta quarta-feira. Antes mesmo de começar a falar, o presidente Joseph Blatter reclamou da acústica da tenda onde foi feita a entrevista, que não impedia a entrada do barulho das cornetas dos torcedores. E logo na primeira pergunta, um jornalista europeu quis saber o que a FIFA pretendia fazer para acabar com o som "irritante", segundo ele. - Você tem razão, é mesmo muito barulho. Isso atrapalha as transmissões de televisão e incomoda algumas pessoas que estão no estádio. Já discutimos com o Comitê Organizador essa questão. Mas, ao mesmo tempo, é um som local e eu não sei como parar com ele. Quando você vem à África, tem que esperar barulho, dança, música, afinal essa é a África - explicou Blatter. A FIFA chegou a tentar proibir o uso da vuvuzela nos estádios antes da Copa das Confederações, mas foi demovida da ideia pelo Comitê Organizador da Copa. A explicação foi de que a corneta é parte da cultura do torcedor africano e que seria difícil coibi-la. Mas, de fato, ela não combina muito com o protocolo da FIFA. Na partida de abertura da Copa das Confederações, entre África do Sul e Iraque, o locutor do estádio pediu dezenas de vezes para que os torcedores só fizessem barulho quando começasse a partida. Ele ainda precisou repetir o aviso antes do discurso de Blatter e do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, para evitar que o pronunciamento deles fosse abafado pela multidão. - Isso não é só na África do Sul, é em todo o continente. A forma de se expressar do torcedor africano é essa. O futebol é assim neste continente - rebateu o presidente do Comitê Organizador, Danny Jordaan.

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